Esta é a época do ano em que fazemos um balanço do que foi construído e projetamos os objetivos do próximo ciclo. Nesse sentido, os profissionais de recursos humanos têm um papel fundamental, pois a eles cabe toda a análise do desempenho dos colaboradores e planejamento das ações de desenvolvimento. Por isso, monitorar as principais tendências é importantíssimo para o futuro do RH.
Confira neste artigo alguns caminhos que a gestão de pessoas deve seguir no próximo ano para confirmar seu papel de protagonista nas organizações.
Gestão com base em dados
Em virtude dos expressivos avanços tecnológicos, a gestão de recursos humanos com base em dados já é uma realidade. A introdução do People Analytics está mudando o modo como empresas se relacionam com seus colaboradores.
Com a grande quantidade de informações que se consegue levantar a respeito de como o colaborador lida com as atividades que lhe cabem, bem como outras formas de mensuração do desenvolvimento de competências, os gestores podem atuar de forma mais estratégica, premiando os melhores talentos e sendo mais incisivos ao tratar eventuais desvios.
Dessa forma, acaba se tornando natural que as tendências que devemos observar nos próximos anos estejam, direta ou indiretamente, correlacionadas a esse fato. Veja alguma delas!
Employer branding
O employer branding ou desenvolvimento da marca empregadora consiste em um conjunto de ações focadas em promover a empresa como um bom lugar para trabalhar, de forma que se torne desejada pelos melhores talentos do mercado. Ou seja, ajuda a atrair, recrutar e reter os profissionais ideais.
Esse processo exige o entendimento das necessidades e desejos dos talentos e da própria empresa, pois é fundamental que haja sinergia entre eles para estabelecer quais serão os valores corporativos que devem ser fortalecidos, e de que forma se espera que aconteça o engajamento e disseminação da cultura pelos colaboradores.
Desenvolvimento de competências para suportar os objetivos
Para manter a continuação do sucesso de sua empresa, a execução da estratégia e o alcance dos objetivos organizacionais, os gestores devem focar na gestão do desempenho de suas equipes. O que é muito importante porque a performance da empresa depende da performance das pessoas.
Outro ponto importante, é desenvolver pessoas que possam assumir futuras posições de gestão de equipes. Comece pela identificação dos profissionais com potencial e inicie o mais rápido possível o treinamento das competências de liderança, como por exemplo, a habilidade de se comunicar, influenciar e engajar a equipe, a gestão da diversidade e a capacidade de gerenciar conflitos e solucionar problemas.
É papel central do RH ajudar nesse processo fazendo o cruzamento entre necessidades e deficiências, implantando programas de treinamento e de mentoria, e promovendo a construção de redes profissionais. Pois, ao fazer isso, as equipes e os indivíduos se tornam mais ágeis, e mais capazes de evoluir e sustentar o desenvolvimento organizacional.
Ênfase nas habilidades de comunicação
Na medida em que as organizações crescem e se tornam mais diversificadas, a habilidade de comunicação é uma das principais habilidades da liderança. Isto é, os líderes precisam estar preparados para atuar como representantes das organizações, disseminando a cultura, incentivando a prática dos princípios e valores, comunicando metas e engajando as pessoas para o alcance dos objetivos da empresa.
Outro ponto não menos importante, é a capacidade de estimular na equipe liderada o desenvolvimento de habilidades sociais, como por exemplo, inteligência emocional, colaboração e negociação. Já que elas são absolutamente imprescindíveis no que diz respeito à construção da cultura organizacional.
Por isso é tão importante, antes e ao longo de todo esse processo, dar foco às habilidades de comunicação. Pois sem ela, é praticamente impossível que o líder consiga traduzir e transmitir os objetivos da empresa.
Investimento em gamificação
Gamificação é uma das grandes tendências no campo do treinamento e desenvolvimento. Trata-se da aplicação do design e da lógica de jogos em outros ambientes que não sejam os próprios jogos. No contexto corporativo, utiliza-se a estratégia cada vez mais em novas metodologias de treinamento. Porém, é importante ter em mente que não se trata de transformar os programas de capacitação em um grande videogame. O que deve ser feito é aproveitar os conceitos e adaptá-los.
A gamificação é um processo de construção de um sistema de recompensas progressivo em treinamento de uma forma análoga. Os colaboradores passam a ser treinados de um modo mais lúdico e são recompensados a cada vez que sobem de nível.
Outra tendência é o uso da Realidade Virtual (RV) e da Realidade Aumentada (RA) como técnicas de treinamento. Os dois conceitos (RV e RA) já são amplamente utilizados na indústria de jogos e entretenimento. A aposta é que nesses ambientes, habilidades e conhecimentos possam ser desenvolvidos de maneira mais eficaz que os métodos tradicionais. A simulação da realidade permite experimentações e erros sem expor as pessoas e as empresas a riscos.
Todos esses conceitos devem ser planejados e implantados, tendo em vista as duas dimensões de entrega, que devem estar no centro das atenções quando pensamos no futuro do RH: a dimensão do indivíduo e a dimensão das equipes. Ambas passam pelo grau de maturidade das competências dos colaboradores. E disso depende a performance organizacional.
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